AS CLASSES PERIGOSAS: A CRIMINALIZAÇÃO DA QUESTÃO SOCIAL NO RIO DE JANEIRO*.

*Rede de Apoio Mútuo Anarquista – R.A.M.A

 

Rede de Apoio Mútuo Anarquista no Rio de Janeiro

Rede de Apoio Mútuo Anarquista no Rio de Janeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O histórico de criminalização da pobreza entendida como é hoje da perseguição política aos pobres, movimentos sociais, movimentos populares data do golpe militar que instalou a República no Brasil substituindo o império.

O sujeito “pardo, negro e índio” é na república taxado e tratado de “classes perigosas”. A estas condições de ordem racista são somadas a pobreza, a identidade geográfica para o caso de nordestinos e imigrantes trabalhadores ou não. Nesta sociedade patriarcal a mulher então tem a sua condição hiper-criminalizada desde o espaço público para o espaço doméstico com sua quase que total anulação socioeconômica.

Indivíduos e coletivos pertencentes a estas categorias e outras tantas como sem tetos, precarizados, gays, lésbicas, transexuais, ecologistas sociais, manifestantes de causas animais são criminalizados e perseguidos, presos condenados enchendo as prisões.

Um caso emblemático e exemplar da judicialização e criminalização das lutas e dos sujeitos das lutas que pertencem a estas chamadas “classes perigosas” é o de Rafael Braga Vieira: jovem trabalhador precarizado, em situação de rua, de familiares da periferia da cidade do Rio de Janeiro. Este foi preso, acusado e condenado por mais de cinco anos, com acusação infundada e provas materiais refutadas pela perícia técnica policial. Segue preso em regime semiaberto.

Dados atuais apontam para uma população carcerária de 711.463 presos, sendo deste total a população encarcerada de negros de 275 mil. Os dados são do próprio estado e podem variar pra mais. Destes presos a maioria está enquadrada nos chamados “crimes patrimoniais”, ou seja, relativos à propriedade privada e a maioria destes homens e mulheres negras está entre os 18 e 24 anos de idade.

Diante dos dados e considerando que estamos vivendo sob o regime capitalista, a criminalização está diretamente associada à propriedade privada e a negritude é certamente agravante racista que torna esta população a mais criminalizada, perseguida, presa e condenada.

De forma direta ou indireta os movimentos sociais, populares e sindicais são atuantes no debate, reformas e mesmo abolição da propriedade privada, um dos elementos fundadores da desigualdade e injustiça sociais. Isto torna suas organizações alvos de monitoramento e investigação policial permanente.

Das aldeias aos quilombos, dos campos às fábricas, das ruas às rodovias, dos morros ao asfalto, das florestas às cidades o capitalismo ao sentir-se ameaçado invoca as forças do estado: inicialmente a perseguição em locais de trabalho ou moradia, depois a força bruta, após isto a força das leis e dos magistrados, e por fim, não tendo o medo apaziguado pelo estado chamam os paramilitares para extirpar o “meliante” do convívio social.

No Brasil e no mundo vivemos este eterno cabo de guerra entre explorados x exploradores, oprimidos x opressores, desapropriados x proprietários. Movimentos como Associação Internacional dos Trabalhadores, Revolta dos Malês, Greve de geral de 1917, Revolução Espanhola, Ação Global dos Povos, Levantes de Junho de 2013, movimentos por terra, moradia, saúde, educação ou mesmo e apenas o fato de morar em uma periferia, em um morro, no campo foram e são considerados uma ameaça para governantes e capitalistas que vivem do esforço do trabalho de milhões neste nosso planeta, onde todos seus recursos hoje são explorados de forma absurdamente destruidora e para o benefício de poucos.

A criação de novas leis, a criminalização de manifestantes, movimentos sociais, populares, sindical associada à histórica perseguição de pobres, negros, índios, gays, lésbicas, transexuais e mulheres no Brasil conta com um novo momento a partir de 2013. Novos aparatos jurídico-policias foram somados a tradicional legislação da Lei de Segurança Nacional. Leis que parecem ser cômicas como a proibição de máscaras em manifestações são ligadas a leis mais duras como formação de quadrilha. Assim entendemos que nos encontramos num momento de ascensão reativa do estado contra as “classes perigosas”, estas mesmas classes não sendo mais dóceis se tornam uma ameaça.

Entendemos que o estado age novamente de forma a legalizar suas ações e atualizar a criminalização e perseguição que no Brasil é uma perseguição pelo crime político-jurídico de pobreza. A distinção é nítida ao observar o caso de Rafael Braga Vieira e dos outros 134 mil jovens negros da sua faixa etária que se encontram encarcerados país adentro, enquanto ladrões dos trabalhadores e dos recursos públicos estão a solta promovendo mais desigualdade e injustiça e alimentando com a carne do povo brasileiro sua fome destruidora e assassina.

Considerando o exposto acima a Rede de Apoio Mútuo Anarquista no Rio de Janeiro organizou no dia 01 de setembro de 2014 um fórum de diálogos e debates sobre a criminalização da pobreza, dos movimentos sociais, movimentos populares e sindical no Rio de Janeiro. Com isto abrimos com convidados e parceiros as possibilidades de luta e autodefesa para além da personificação das lutas, afirmamos a liberdade de pensamento e expressão, a liberdade de posição ideológica, a liberdade de manifestação, sobretudo a liberdade de batalhar por melhores condições de vida e de trabalho, a liberdade de lutar pelo fim das injustiças e desigualdades sociais.

Nosso objetivo foi alcançado com uma sala composta pela diversidade de sujeitos das lutas que a questão exige para ampliar os horizontes e estreitar laços para o trabalho e a luta cotidianas, estavam lá moradores e participantes de movimentos de comunidades e subúrbio da zona norte do Rio, integrantes de sindicatos, estudantes, coletivos políticos, pessoas em situação de rua.

Agradecemos a todxs os envolvidos na realização e apoio ao fórum e saímos certos de que é possível, através do entendimento, da reflexão, do diálogo e manutenção de uma rede de apoio mútuo construímos um mundo livre,

Organização:

Rede de Apoio Mútuo Anarquista.

Realização:

Rede de Apoio Mútuo Anarquista,

Núcleo Pró-federação Libertária de Educação.

Apoio:

Escola de Rua

Agradecimentos:
Liga Anarquista no Rio de Janeiro

Midiativistas:

Raffaella Moreira – fotógrafa
Alexandre Kubrusly – filmagem

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Fórum de diálogos e debates sobre a criminalização da pobreza, dos movimentos sociais, populares, sindicais e perseguição política no Rio de Janeiro.

FórumRAMA

 

A Rede de Apoio Mútuo Anarquista convida todos movimentos sociais, populares e sindicais para o fórum de diálogos e debates sobre a criminalização da pobreza, dos movimentos sociais, populares, sindicais e perseguição política no Rio de Janeiro.

Somos um coletivo autogestionário de apoio mútuo, constituído para promover a liberdade e as lutas da resistência contra perseguições, prisões, violência, terror de estado, e de todas as formas de opressão e repressão. Entre estas o racismo, o patriarcado, homofobias, transfobias, colonialismos.

Seguimos com nossos trabalhos de acordo com os princípios e estatutos da Internacional de Federações Anarquista e Federação de Grupos Anarquista Cruz Negra.

Reafirmamos nossa disposição contra a criminalização da pobreza, dos movimentos sociais, populares e sindicais na construção cotidiana para a sociedade livre.

Saudamos a todos os companheiros e companheiras e fazemos o chamado a resistência e luta por uma sociedade sem  medos e grades, e a criação e construção da sociedade livre.

TÍTULO – Fórum: Criminalização da pobreza, dos movimentos sociais, populares, sindicais e perseguição política no Rio de Janeiro.

Data: 01/09 – Local: Colégio Pedro II Centro / Endereço: Avenida Marechal Floriano, 80 – Centro – RJ.

Hora: 18:30 (café início dos trabalhos) 19h inicio
Organização: Rede de Apoio Mútuo Anarquista – RJ(R.A.M.A)
Realização: Rede de Apoio Mútuo Anarquista – RJ(R.A.M.A), Núcleo Pró-Federação Libertária de Educação

Apoio:Colégio Pedro II e Escola de Rua

Rebele-se! Descentralizar para libertar.

Rede de Apoio Mútuo Anarquista

Rede de Apoio Mútuo Anarquista

Comunicado 2

Informamos que a CNA-RJ (Cruz Negra Anarquista no Rio de Janeiro), a partir deste momento muda seu nome para R.A.M.A – Rede de Apoio Mútuo Anarquista em decorrência de haver um outro coletivo atuante no Rio de Janeiro com o mesmo nome.

Compreendemos que ambos os coletivos possuem trabalhos distintos e a igualdade dos nomes não contribui para as atividades diferenciadas desenvolvidas por cada um. Para que não haja conflitos, associações indevidas, e para o bem dos trabalhos de ambos, optamos pela mudança.

Seguimos com nossos trabalhos de acordo com os princípios e estatutos da Internacional de Federações Anarquista e Fórum de Grupos Anarquista Cruz Negra.

Nos organizamos como coletivo autogestionário de apoio mútuo, constituído para promover a liberdade e as lutas da resistência contra perseguições, prisões, violência, terror de estado, e de todas as formas de opressão e repressão. Entre estas o racismo, o patriarcado, homofobias, transfobias, colonialismos.

Não acreditamos no protagonismo de um coletivo e certamente no personalismo. Afirmamo-nos federalistas anarquistas e defendemos o princípio da descentralização através do trabalho e das diversidades táticas e teóricas considerando o acúmulo histórico das teorias e práticas anarquistas.

Reafirmamos nossa disposição contra a criminalização da pobreza, dos movimentos sociais, populares e sindicais na construção cotidiana para a sociedade livre.

Saudamos a todos os companheiros e companheiras e fazemos o chamado a resistência e luta por uma sociedade sem  medos e grades e para o trabalho, a criação e a construção da sociedade livre.

Rebele-se! Descentralizar para libertar.

Todos endereços serão alterados em breve para Rede de Apoio Mútuo Anarquista – Rio de Janeiro: noblogs, twitter, facebook.

Com esta imagem nos apresentaremos de hoje por diante:

ITALIANO

Informiamo che il CNA-RJ (Cruz Negra Anarquista a Rio de Janeiro), da questo momento cambia il suo nome per acquisire quello di R.A.M.A – Rete di Appoggio Mútuo Anarchico, decisione determinata dall’ existenza di un altro colettivo presente a Rio de Janeiro con lo stesso nome.

Comprendiamo che entrambi i collettivi realizzano lavori diversi e che la similitudine del nome non contribuisce a favorire le attività differenziate sviluppate da ciascuna. Affinche non ci siano conflitti, attribuzioni non dovute e per il bene dell’attività di entrambi, proponiamo il cambiamento.

Seguiamo la nostra attività mantenendo saldi i principi e gli statuti dell’ Internazionale delle
Federazioni anarchiche e Fórum di Gruppi Anarchici Croce nera. Ci organizziamo come collettivo autogestito di appoggio mutuo costituito per promuovere la libertà e le lotte di resistenza contro persecuzioni, incerceramenti, violenza, terrorismo di stato e tuttele forme di oppressione e repression. Tra queste il razzismo, il patriarcato, l’homofobia, la transfobia, il colonialismo.

Non crediamo nel protagonismo di un collettivo e neanche nel personalismo. Ci riaffermiamo come federalisti anarchici, crediamo nel protagonismo di un collettivo e difendiamo il principio di decentralizzazione attraverso il lavoro e le diversità tattiche e teoriche tenendo presente l’accumulazione storica delle teorie e delle pratiche anarchiche. Inoltre ci caratterizza la nostra disposizione contro la criminalizzazione della povertà, dei movimenti sociali, popolari e sindacali nella costruzione quotidiana per una società libera.

Saludatiamo tutti i compagni e le compagne e facciamo un appello alla resistenza ed alla lotta per una società senza paure né barriere e per il lavoro, la creazione e la costruzione della società libera.

Ribellati! Decentralizzare per liberarsi

ESPANHOL

Informamos que el CNA-RJ (Cruz Negra Anarquista en Rio de Janeiro), a partir de este momento cambia su nombre para adquirir el de R.A.M.A – Rede de Apoio Mútuo Anarquista, decisión determinada por la existencia de otro colectivo actuante en Rio de Janeiro con el mismo nombre.

Comprendemos que los dos colectivos realizan trabajos distintos y la igualdad de nombre no contribuye para favorecer las actividades diferenciadas desarrolladas por cada una. Para que no haya conflictos, asociaciones indebidas, e para el bien de los trabajos de los dos, optamos para el cambio.

Seguimos con nuestros trabajos siguiendo los principios y los estatutos de la Internacional de Federaciones Anarquistas y Fórum de Grupos Anarquista Cruz Negra.

Nos organizamos como colectivo autogestionario de apoyo mutuo, constituido para promover la libertad y las luchas da resistencia contra persecuciones, prisiones, violencia, terror de estado, y de todas las formas de opresión y represión. Entre estas el racismo, el patriarcado, homofobias, transfobias, colonialismos.

No creemos en el protagonismo de un colectivo y tampoco en el personalismo. Nos reafirmamos como federalistas anarquistas y defendemos el principio da descentralización a través del trabajo y de las diversidades tácticas y teóricas considerando el acúmulo histórico das teorías e prácticas anarquistas.

Reafirmamos nuestra disposición contra la criminalización de la pobreza, de los movimientos sociales, populares e sindicales en la construcción cotidiana para la sociedad libre.

Saludamos a todos los compañeros y compañeras y hacemos una llamada a la resistencia y a la lucha para una sociedad sin miedos y barreras y para el trabajo, la creación y la construcción de la sociedad libre.

Rebelate! Descentralizar para liberarse.

Todos las direcciones seran alterados en breve para la Red de Apoio

Mútuo Anarquista – Rio de Janeiro: noblogs, twitter, facebook.

INGLES

Notice

We inform that the CNA-RJ (Anarchist Black Cross of Rio de Janeiro) will henceforth be known as R.A.M.A. (Anarchist Network of Mutual Aid) due to the existence of another collective of the same name active in Rio de Janeiro.

We understand that the work of various collectives is distinct, and the homogenous nomenclature does not contribute to the differential activities developed by each group. We have decided on the change so as to avoid conflicts and inaccurate attributions, and for the benefit of the work of all involved.

We continue our work in accordance with the principles and statures of the International Federation of Anarchists and the Black Cross Forum of Anarchist Groups.

We are organised as an autonomous and self-sufficient collective of mutual aid, formed to promote freedom and the struggle for resistance against persecution, imprisonment, violence, state terror, and all forms of oppression and repression, such as racism, patriarchy, homophobia, transphobia, and colonialisms.

We do not believe in the protagonism of one collective or of individuals. We affirm ourselves as federalist anarchists, and defend the principle of decentralisation through our work and through tactical and theoretical diversity, in consideration of the historical trajectory of anarchist theory and practice. We reaffirm our repudiation against the criminalisation of poverty and of social and popular movements, in their daily struggle to construct of a free society.

We hail all comrades and articulate a call to resistance and struggle for a society without fear, working towards the creation of a free society.

 Rebel! Decentralise for freedom.

All addresses will be altered shortly to R.A.M.A – Rede de Apoio Mútuo Anarquista (Anarchist Network of Mutual Aid) – Rio de Janeiro: noblogs, twitter, facebook.

Henceforth we will present ourselves with this image:

Rede de Apoio Mútuo Anarquista no Rio de Janeiro

Rede de Apoio Mútuo Anarquista no Rio de Janeiro

[Rio de Janeiro] {URGENTE} PERSEGUIÇÃO política a ativistas militantes de movimentos sociais, estudantil, populares, sindical, anarquista e socialista.

Comunicado Urgente: Nesta dia 12 de julho de 2014 foram cumpridos 29 mandados de busca, apreensão e detenção de ativistas militantes de movimentos sociais, estudantil, populares, sindical, anarquista e socialista.

10505410_578662972242804_8858413406853911406_nAté o momento não foram encontrados nove dos 29 mandados de hoje, restando cumprir trinta enquanto também seguem na busca os foragidos.

Os mandados de busca, apreensão e detenção deram o início de instalação de processo e prisão preventiva para julgamento dos dos detidos do Rio de Janeiro.

Também estamos cientes da retenção de aproximadamente 17 pessoas que vinham de São Paulo ao que tudo indica com detenção baseada nas mesmas acusações dos presos do Rio de Janeiro.

No Rio de Janeiro advogados, neste momento familiares, amigos e midiativistas estão ao lado de fora da Cidade da Polícia em demonstração de solidariedade e apoiando a todos os detidos.

Comunicamos que os trinta e um mandados restantes serão cumpridos.

 

A Cruz Negra Anarquista no Rio de Janeiro está acompanhando os acontecimentos e estudando as ações possíveis na direção de defender os direitos humanos e civis dos ativistas. Envidaremos nossos esforços em promover a liberdade de expressão e afirmar a não criminalização dos movimentos sociais, populares, sindical, anarquista afetados.

Rebele-se! Descentralizar para libertar. Por uma vida sem grades.

{ATENÇÃO} Nova montagem do estado policial e midia empresarial contra a Cruz Negra Anarquista?

[Espanha] Denunciamos a campanha caluniosa e difamatória que o estado e mídia espanhola iniciou contra os Coletivos anarquistas e também o movimento Cruz Negra Anarquista na Espanha.

 

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Acusações de associação a grupos como ETA e ações terroristas destoam absolutamente do que a Intenational Federation Black Cross Anarchist e Federação Ibérica de Grupos de Cruz Negra Anarquista praticam e defendem com seus grupos federados.
Nossos princípios e estatutos negam em absoluto qualquer relação com grupos que não estão de acordo com os princípios anarquistas e com os princípios e estatutos das organizações federativas da Cruz Negra Anarquista. Ou seja, não nos relacionamos solidarizamos ou apoiamos a grupos autoritários e tão pouco pregamos usos da violência e do terror.
Nossas ações se pautam na luta contras as perseguições e prisões políticas, denunciando as injustiças, a privação de liberdades e processos de criminalização de ativistas e anarquistas e de movimentos sociais e populares.

Todo apoio e solidariedade aos companheiros da Federação Ibérica de Grupos de Cruz Negra Anarquista.

Leia matéria da Agência de Notícias Anarquistas neste link: Próxima montagem policial contra Cruz Negra Anarquista?

Rebele-se! Descentralizar para libertar. Por uma vida sem grades.

Constatações e considerações acerca da criminalização das lutas e da pobreza.

A perseguição, prisão, processo, privação da liberdade de pessoas com base em acusações descoladas de suas práticas e posições políticas, de suas condições sociais e econômicas, de gênero e etnia é sempre o mais destacado pelas polícias, pelo judiciário e pelas mídias empresariais.

Campo e Cidade.

Campo e Cidade.

Ocorre que est@s jovens, homens e mulheres, negros, índios, precarizados, trabalhadores, desempregados, sem terra, sem teto, sem saúde, menosprezados e desrespeitados pelo estado, pela igreja e pelos capitalistas são integrantes de grupos sociais em muitos casos organizados em sindicatos, movimentos populares e sociais que resistem ou lutam por condições dignas de vida ou mesmo por suas próprias vidas.

Dedicando atenção e cruzando informações de diversos veículos da mídia ativista livre com a mídia empresarial é possível notar que os crimes tem caráter político-social-econômico. Recordemos a condenação do jovem trabalhador precarizado Rafael Braga Vieira no Rio de Janeiro e a prisão do cacique da tribo tupinambá o Babau, em Brasília.

Não sendo suficiente perseguições, prisões, processos, condenações à privação de liberdade, é indiscutível a opção do estado brasileiro pela criminalização da pobreza e o genocídio de negros e índios. Os números de assassinatos por milicianos, policias, latifundiários, traficantes país adentro, em capitais e cidades nos rincões, nos campos do Brasil são escondidos, mas, ainda assim são prova declarada de uma guerra cirúrgica de expressivo impacto fatal em pequenos camponeses, sem terras, sem teto, moradores de periferias, favelas, que são majoritariamente negros e pobres.

Os movimentos sociais, populares e sindicais de ontem e hoje são a expressão organizativa da resistência e luta. e por conta disso são mapeados, catalogados e logo após são conduzidos a um processo de legitimação política-jurídica onde leis e mesmo recursos públicos lhes são atribuídos, bem como toda a carga de punições para aqueles movimentos e sindicatos que não se submeterem.

Então a equação parece simples para uns, mas não o é! Uma ilustração: antes de perseguir movimento social, popular ou sindicato o estado persegue um manifestantes, um ativista, um militante, um sindicalizado. Em geral, este pode ser um “NINGUÉM” ou uma “CELEBRIDADE” dos movimentos. Haja vista que as lideranças, mesmo que existentes não se arrogam a desfilar seu ego ou seu poder junto a aqueles que não querem mais ser liderados pois já decidiram se conduzirem por si próprios.

Contudo, não funcionando a perseguição e punição de integrantes dos movimentos, a perseguição que tem objetivo desqualificar o movimento desmoralizando o indivíduo. O estado com seus recursos humanos, materiais e anuência promovida pelo empresariado da mídia local e as vezes internacional baseada no consenso entorno da exaltação do terror e do medo conquistam a aceitação e apoio da população nas variadas classes e grupos garantindo a opressão, a repressão, a suspensão de direitos básicos como a proibição da libvre expressão, da manifestação, da greve declarando greves ilegais,  aplicando multas absurdas sobre os sindicatos, demitindo pequenos grupos como exemplo, ou cassando o direito de organização sindical.

Constatações e considerações feitas sobre a criminalização atual por qual indivíduos e movimentos sindicais, sociais e populares estão passando no Brasil e as consequências fatais da guerra cirúrgica contra a pobreza.

Solidarizamos com o Movimento Passe Livre que sofre atualmente perseguição policial e jurídica.

Afirmamos nosso compromisso com a justiça social e a liberdade na construção de um mundo livre. Abaixo a ditadura da democracia capitalista.

Rebele-se! Descentralizar para libertar.

Links abaixo com a íntegra do debate sobre a criminalização dos movimentos sociais organizado pelo MPL-SP, em 02 de junho de 2014.

Por ADVP e Passa Palavra – http://passapalavra.info/2014/07/97328

Clique aqui: MPL-SP: Debate sobre criminalização sobre movimentos sociais.

AÇÃO de CARACTER NACIONAL POLITICO CULTURAL DE SOLIDARIEDADE E DENUNCIA INTERNACIONAL DAS VIOLAÇÕES DE DIREITOS.

Rio Grande do Sul – {CHAMADO} Solidarizamos e apoiamos a iniciativa dos companheiros do Bloco de Lutas pelo Transporte Público, Manifesto POA, OkupaPOA, Cultura Libertária de Rua.

10302345_660187330721144_4175329011657744623_nDezenas de militantes estão sendo presos, perseguidos, processados, criminalizados pelo estado. O motivo? Participarem nas mobilizações de 2013 que marcaram o cenário político do país.

Vamos reunir aqui em Porto Alegre, uma rede de organizações, entidades, indivíduos, defensores dos direitos humanos numa RODA DE DIALOGO entre movimentos sociais, trabalhadores, ativistas, acadêmicos, e advogados, juristas, desembarcadores, para rodear de solidariedade xs lutadores que estão sendo perseguidos pelo estado.

Vamos aproveitar a oportunidade e fazer uma DENUNCIA INTERNACIONAL, das violações de direitos cometidos pelo estado em nome da copa do mundo Fifa, através do dossiê dos comitês populares da copa

Carta Convite

Desde as jornadas de junho e julho de 2013 os militantes do Bloco de Lutas vêm sendo criminalizados por reivindicar um transporte público – serviço essencial à garantia do direito de ir e vir, do direito ao estudo, ao trabalho e ao lazer – e passe livre para estudantes, desempregados, indígenas e quilombolas. Como as reivindicações por direitos vão contra interesses econômicos dos poderosos, uma imensa máquina repressiva se reuniu para criminalizar os militantes do Bloco e intimidar a luta social: a mídia corporativa, a Brigada Militar, o governo do Estado, a Polícia Civil, o Ministério Público e o Judiciário. Este quadro agravou-se com a aproximação da Copa do Mundo FIFA 2014. Faz-se cada vez mais clara a violência do Estado: remoções forçadas de moradores de áreas estratégicas para obras da Copa (principalmente em regiões de periferia), “limpeza” social das cidades, com a retirada forçada e violenta dos moradores de rua, restrição de acesso a diferentes áreas da cidade, criminalização da juventude negra e pobre e dos movimentos sociais, fortalecimento do aparato militarizado das polícias, prisões “preventivas”, prisões sem acusação, flagrantes forjados, uso da maquina do estado para intimidar militantes (Ministério Público e Conselho Tutelar, por exemplo).

A Solidariedade de Classe se faz necessária e como forma de: 1. Enfrentar esta situação insuportável; 2.Dar visibilidade à criminalização dos movimentos sociais; 3. Fomentar o estabelecimento de uma rede de defensores dos Direitos Humanos e comunicação; O Bloco de Lutas de Porto Alegre, e demais organizações sociais, estão organizando um debate público sobre o tema,
“(DES) TRIBUNAL POPULAR: A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BANCO DOS RÉUS”, no dia 03 de julho, as 17h30hs, no auditório do CPERS (Av. Alberto Bíns 480, Porto Alegre).

Através dessa carta estendemos o convite aos coletivos para se fazerem presentes na atividade.
Rodear de solidariedade xs que Lutam.

Enviar confirmação: blocodelutas@gmail.com

Evento: https://www.facebook.com/events/550893918345810/?source=3&source_newsfeed_story_type=regular

TODOS POR RAFAEL BRAGA VIEIRA!

Rio de Janeiro – {CHAMADO} Pela liberdade. Por justiça. Chamamos todos a luta pela liberdade de Rafael e anulação de seu processo. Abaixo mais detalhes e o evento para participação de todos que acreditam em justiça social e lutam por uma sociedade libertária.

Rafael Braga Vieira, morador de rua, negro, detido criminosamente pela polícia militar do Rio de Janeiro durante as manifestações de Junho de 2013. A polícia alegou que Rafael portava material explosivo, quando na verdade levava consigo apenas uma garrafa de material sanitário. Após meses em prisão preventiva, a (in) justiça condenou Rafael à 5 anos de prisão.

Hoje, o caso está sendo acompanhado por advogados do Instituto de Defensores de Direitos Humanos – DDH, que lançou recentemte uma campanha para ajudar Rafael (http://ddh.org.br/ajude-rafael-braga-vieira-com-trabalho-extramuros-ou-curso-profissionalizante-com-bolsa-de-estudos/).

Evento no facebook: https://www.facebook.com/events/666203530122890/

Rebele-se! Descentralizar para libertar!

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Semana Internacional pelos Presos Anarquistas, de 23 a 30 agosto de 2014.

{Chamado} Em consonância com os debates, acordos e princípios que orientam a International Anarchiste Black Cross e Federação de Grupos da Cruz Negra Anarquista conclamamos a tod@s para a construção no Rio de Janeiro e no Brasil da semana internacional de solidariedade e apoio aos presos anarquistas, dos movimentos sociais e populares. Subscrevemos, apoiamos e compartilhamos com tod@s.
Rafael Braga Vieira, trabalhador, morador de rua, negro e vítima da guerra de classes no Rio de Janeiro. Não esquecemos, pela justiça social e liberdade imediata com anulação da infundada sentença injusta.

Rebele-se! Descentralizar para libertar.

 

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Chamada para Semana Internacional pelos Presos Anarquistas, de 23 a 30 agosto de 2014 By on 31 de março de 2014

No verão de 2013, membros de vários grupos da Cruz Negra Anarquista (CNA) discutiram a necessidade de um Dia Internacional pelos Presos Anarquistas, visto que já existem datas estabelecidas – como o Dia dos Direitos dos Presos Políticos ou o Dia da Justiça – sendo importante destacar as histórias de nossos companheiros também.

Muitos anarquistas presos nunca serão reconhecidos como “presos políticos” pelas organizações formais de Direitos Humanos, porque seu senso de justiça social é estritamente limitado às leis capitalistas, que são projetadas para defender o Estado e impedir qualquer mudança social real; ao mesmo tempo, inclusive dentro de nossas comunidades individuais, sabemos muito pouco sobre a repressão que existe em outros países, para não mencionar os nomes e os casos de muitos de nossos companheiros presos.

É por isso que decidimos introduzir uma Semana Anual para os Presos Anarquistas, de 23 a 30 de agosto de 2014. Escolhemos o 23 de agosto como ponto de partida, porque nesse mesmo dia, em 1927, os anarquistas italianos Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti foram executados na prisão. Foram condenados pelo assassinato de dois homens, durante um assalto à mão armada em uma fábrica de sapatos em South Braintree, Massachusetts. As prisões foram parte de uma campanha mais ampla antirradicais liderada pelo governo dos EUA. As provas do Estado contra os dois foram quase que completamente inexistentes e muitas pessoas até hoje acreditam que eles foram punidos por suas fortes crenças anarquistas.

Dada a natureza e a diversidade dos grupos anarquistas em todo o mundo, propomos uma semana de ação comum, em vez de uma única campanha em um dia específico, tornando mais fácil para os grupos poder organizar um evento dentro deste período.

Por isso, chamamos a todos para divulgar a Semana Internacional dos Presos Anarquistas entre outros grupos e comunidades, bem como a pensar sobre a organização de eventos em sua cidade ou região. As atividades podem variar em rodas de informações, projeções de filmes, concertos de solidariedade até ações diretas. Deixe sua imaginação correr livre.

Até que todos estejam livres!

325 (Grupo anarquista de contrainformação); CNA Bielorússia; CNA Brighton; CNA Bristol; CNA Cardiff; CNA Finlândia; CNA Kiev; CNA República Tcheca; CNA Letônia; CNA Leeds; CNA Londres; CNA México; CNA Moscou; Nizhny Novgorod (Grupo Antirrepressão); CNA São Petersburgo.

agência de notícias anarquistas-ana

Pássaros em silêncio.
Noturna chave
tranca o dia.

Yeda Prates Bernis”

 

{CONCLAMAÇÃO} Notas sobre o que não se quer ler, ouvir, enxergar: o espetáculo do autoritarismo e a vitória do terror de Estado.

Abertura da Copa do Mundo em São Paulo-Brasil e manifestações anticopa em várias capitais onde ocorreram mais uma vez ataques das forças militares contra manifestantes.

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Os números de arbitrariedades têm uma lista que cresce a cada ato, manifestações, passeatas. As desculpas e justificativas para ações violentas ou prisões aleatórias não são mais necessárias. Acusações infundadas dão o tom legal da farsa que tenta legitimar os desmandos de um Estado cruel e injusto para a maior parcela do povo brasileiro: os precarizados, desempregados, trabalhadores, índios, negros, sem teto, famintos, gays, lésbicas, moradores de periferias e comunidades, mulheres que sentem no corpo as pauladas e tiros do braço armado do estado a serviço dos capitalistas.

O patrulhamento político-ideológico e das lutas sociais e populares agora é todo o tempo, em todos os dias nas redes e nas ruas. Ativistas são detidos, presos e/ou tem seus computadores, câmeras, celulares apreendidos e vasculhados com acusações sem base legal qualquer.

Midiativistas são ameaçados, têm seus equipamentos quebrados, seus dados corrompidos e invariavelmente são presos. Defensores advogados dos direitos humanos são impedidos de realizar a defesa de manifestantes em meio a manifestações, entre estes, grupos mais ativos de defesa dos direitos humanos sofrem retaliações nas delegacias e nos tribunais.

Agindo como uma “gang” e descontrolados, os policiais armados com cassetetes, bombas de gás, pistolas elétricas, balas de borracha e autorização superior dos governantes eleitos pelo povo brasileiro atuaram mais uma vez contra os direitos humanos, dos manifestantes.

Nada os intimida, nem as câmeras dos jornalistas nacionais e internacionais queregistram os flagrantes de violência, desrespeito aos direitos constitucionais einternacionais.

Em greve várias categorias dos serviços municipal, estadual e federal no Rio de Janeiro e mais movimentos sociais e populares foram às ruas em luta por melhores condições de trabalho e de vida, contra a carestia do aluguel e dos alimentos, por saúde, educação, cultura e arte, trabalho e dignidade profissional com liberdade social.

Registramos e denunciamos a ação autoritária e terrorista do Estado do Rio de Janeiro através da Polícia Militar e Polícia Civil contra manifestantes durante os atos ocorridos ontem na cidade.

Solidarizamo-nos com o professor Pedro Guilherme Freire, em greve de sua categoria fora preso e agredido violentamente por policiais militares durante os protestos dos trabalhadores da educação no Rio de Janeiro.

Conclamamos aos movimentos sociais, populares, anarquistas para as ruas.

Conclamamos as organizações dos direitos humanos e advogados ativistas para a defesa dos companheiros perseguidos, violentados e presos no Rio de Janeiro, Brasil e mundo.

Rebele-se! Descentralizar para libertar.